sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Dia 5 – 12 de janeiro de 2010 - Brasil


“Uma imagem vale mais que mil palavras”

            Fui acordado já com o pessoal me pedindo para dar uma olhadinha em Milena, que havia levantado não tão bem, apesar de melhor que na noite anterior. Havia uma preocupação pois o dia seria muito puxado, com programação das 09:00 às 20:00hrs. Como não poderia ficar sozinha no hostel, decidimos que seria melhor que fosse conosco, usando medicamentos paliativos, mantendo a hidratação e “repouso”. No meu entender, boa parte do que ela vem sentindo tem um componente psicológico muito acentuado.
            Recapitulando: hoje iríamos à Usina de Itaipu, à UNILA (Universidade da Integração Latino-Americana) e às Cataratas do Iguaçu. Como vem se tornando uma constante, saímos mais tarde que o planejado, com 1 hora de atraso. Já na usina de Itaipu fomos muito bem recebidos e conduzidos num ônibus da própria Itaipu, com guia, a um passeio às instalações externas e internas. Este passeio que, usualmente, é pago, nos foi oferecido como uma cortesia. Quem pode, pode, né?! Não irei descrever minuciosamente todo o passeio. Primeiro, porque há coisas que são indescritíveis e, segundo, porque ficaria muito extenso e ninguém teria saco de ler. Me atenho a alguns dados impressionantes e deixo que as fotos falem por mim.
            - No ano de 2008, a Itaipu quebrou o recorde mundial, que já era dela, produzindo energia suficiente para suprir o mundo inteiro por 2 dias.
            - A quantidade de cimento usada para a construção da mesma, seria suficiente para construir um prédio para abrigar até 4 milhões de pessoas.
            - Essa mesma quantidade de cimento, seria suficiente para construir 210 estádios de futebol do porte do Maracanã.
            - Como binacional, 50% da produção de energia pertence ao Paraguay e 50% ao Brasil. No entanto, como o Paraguay só necessita de 7% do total, o Brasil compra todo o resto da energia por, se não me engano, 120 milhões apenas.
            - Em média, a vazão da usina é 6 vezes maior que a vazão das Cataratas do Iguaçu.












            Ainda no final da manhã, fomos à UNILA, onde fomos recebidos por uma comitiva de professores, todos muito entusiasmados com o projeto da INULAT. Assistimos a apresentações institucionais e pudemos debater um pouco sobre a função da UNILA como impulsionadora do processo de integração regional e como tornar estas potencialidades em realidade. A reunião foi encerrada com a leitura emocionante e inspiradora do prólogo do livro “Diários de motocicleta”, escrito pela filha de Ernesto Guevara. Ainda, plantamos uma árvore (Eugenia alguma coisa, ou pitangueira) em nome da INULAT (só me falta agora escrever um livro e ter um filho, não necessariamente nessa ordem...=]). De maneira simbólica, simultaneamente ao nosso encontro com a comitiva da UNILA, ocorreu, em Brasília, a criação da UNILA pelo presidente Lula.



            Após um almoço “patrão” oferecido pela UNILA, partimos para as Cataratas. No caminho, Milena, a da provável infecção gastrointestinal, piorou e por prudência, um dos caravaneiros a acompanhou até um hospital.
               À semelhança de Itaipu, não descreverei nada das Cataratas, trabalho este feito de forma muito mais primorosa pela fotos. Uma imagem vale mais que mil palavras!

















Dia 4 – 11 de janeiro de 2010 - Brasil

“La garantia soy yo...”

Acordei faltando 50km para Foz do Iguaçu, divisa com o Paraguai, através da Ponte da Amizade, para Ciudad del Este. Aqui, seremos recepcionados pela Universidade de Integração Latino-Americana (UNILA) e Itaipu Binacional em cerimônia amanhâ, com direito a visita às instalações externas e internas da Usina de Itaipu e às cataratas de Foz do Iguaçu. Chegamos com mais de 8 horas de antecedência em relação ao previsto, o que é muito bom. Ficaremos instalados no Hostel Paudimar, da rede Albergues da Juventude, um dos melhores hotéis/pousadas em relação custo benefício em que já me hospedei. Por 18 reais/diária temos direito a café da manhã (modesto), piscina, salão de jogos, campo de futebol, espaço de convivência, internet wireless, redes e banho quente. Tá certo que os quartos alojam de 4 a 8 pessoas, mas isso não diminui a qualidade e, pelo contrário, promove a integração interna. Dona Larissa, que fique claro, os quartos são divididos em alas feminina e masculina! (Rs) Exceto por nós, todos os outros hóspedes são gringos.




De ontem pra hoje, recebemos algumas boas notícias em relação a respostas de autoridades de alguns países, dizendo que não só irão, mas fazem questão de nos receber. Entretanto, a notícia eleita pelos demais homens como a melhor foi a de que umas holandesas fazem topless na piscina todos os dias às 16:30. Para infelicidade da nação, após almoçar PF no restaurante do hostel, partiríamos para uma tarde de compras no Paraguay.
As ruas em Foz rumo à “Puente de la Amistad” são decoradas com propagandas de lojas paraguaias, majoritariamente de eletro-eletônicos e, uma ou outra “Na Argentina  é legal! Venha apostar no Cassino .... em Puerto Iguaçu”. A quilômetros de distância da ponte, já é visível a relevância da economia do “mercado” paraguaio para boa parte da população e sua influência no tráfego próximo à fronteira. Deixamos o ônibus na margem brasileira e atravessamos a pé, para agilizar, já que só é exigida a carteira de identidade. A fronteira é aberta 24h e bastante movimentada o tempo inteiro (pelo menos enquanto o sol não se põe, já que não a presenciei durante a noite). É interessante atravessar a Ponte da Amizade, que tanto vemos na mídia televisiva e impressa como rota de contrabando, cruzando com mochileiros e sacoleiros apressados, imaginando todos os artifícios utilizados no contrabando, a exemplo das canoas que passavam no rio dezenas de metros abaixo esperando os parceiros lançarem as cargas e as trilhas ilegais por entre a vegetação das margens dos rios (hoje, bloqueadas por blocos de cimento). Por instantes, achei que não havia nem um “Bienvenidos” no lado paraguaio da ponte, dado o apelo comercial dos imensos outdoors, banners e semelhantes que quase se sobrepõem à mensagem de boas-vindas.




Como descrever os “projetos de ruas” onde vendem-se os mitológicos produtos paraguaios? Imaginem a Av. Sete, incluindo lojas e camelôs. Agora somem o Shopping Lapa ou Piedade (o que menos simpatizarem). Imaginem isso tudo numa avenida com subida de inclinação de uns 10º e inúmeras transversais. Multipliquem por 10. Chegaram lá? Adicionem o trânsito caótico de uma rótula do abacaxi num dia de semáforo quebrado e elevem tudo ao quadrado. Devem estar próximos. Nas barracas de rua, são vendidos os produtos de menor valor agregado, enquanto que os eletro-eletrônicos mais caros são vendidos em lojas em pequenos shoppings ou galerias, dando uma falsa impressão de maior segurança. Há ainda os ambulantes e sacoleiros que vendem, majoritariamente, meias (+- 5 ou 6 por R$10,00), cuecas (idem), sacolas para guardar as compras (R$ 5,00) e pen-drives (de 1GB a 120GB, todos vendidos, em média, a menos de R$1,00/GB). Nos Separamos e marcamos um ponto de encontro posteriormente, já que cada um tinha seus interesses pessoais e a dinâmica do lugar não favorece a movimentação em grupo.
Numa primeira impressão, você se decepciona com os preços, achando que as coisas não estão tão baratas assim. No entanto, quando pesquisa em várias lojas e começa a pegar o jeito de como pechinchar, verifica que, realmente, os preços são muito bons. Tomando certas precauções quanto a produtos falsificados ou, como chamam aqui, “condicionados”, é uma boa oportunidade para fazer bons negócios. A moeda oficial do Paraguay é o Guarani (G), mas nas regiões próximas da fronteira, aceita-se o real também. O dólar também é aceito em todo tipo de comércio, que, aliás, é a moeda pela qual são ditos os preços, de forma que sempre temos que re-calcular os preços para Guarani ou Real. Um real equivale a mais ou menos 2.500 G.
Meu saldo: 3 pendrives originais.
Saldo de alguns: pen-drives falsificados (de 32 a 120GB) e “camisinhas cantantes” (3 por R$5,00).
No retorno, ainda em território paraguaio, recebemos a notícia de que uma das caravaneiras, Milena, que havia ficado no hostel, estava passando mal, com náuseas, vômitos e febre, uma provável infecção gastrointestinal. À noite, além de fazer as recomendações a Milena, relaxamos com sinuca e uma “loira” na piscina.

Dia 3 – 10 de janeiro de 2010 - Brasil

“Mais pra lá que pra cá”


Dormi mal pra cacete! Como lembram, dormimos no ônibus, num posto chamado “O PATÃO” em Patos de Minas-MG. Cadeira não reclina taaanto, sem lugar para apoiar os pés e muito frio (acordei, sem camisa, no meio da noite com todos encolhidos debaixo de um cobertor).
O dia foi todo na estrada e, exceto pelas gaiatices de um ou de outro, transcorreu sem maiores novidades ou acontecimentos dignos de nota.        Já perdi as contas de quantas horas ou quilômetros percorremos. Quando cruzarmos a fronteira do Paraguai reinicio a contagem.


Aproveito para colocar uma foto dos nossos motoristas, sem os quais a viagem não seria possível: Seu Marivaldo e Seu Domício.
Dormimos em Maringá-PR, numa pousadinha estilo “beira de estrada”. Como fiquei na internet respondendo uns e-mails e etc etal, hoje, devo dormir 1h entre a hora de deitar e a hora do ônibus sair. Após a saída do ônibus, temos mais umas 6h até Foz do Iguaçu, divisa com o Paraguai...tempo suficiente para tirar o atraso do sono!

Dia 2 – 09 de janeiro de 2010 – BRASIL




Acordamos religiosamente às 04:00h e, sim, conseguimos sair às 04:30-05:00h.
            Durmi até a parada para o café da manhã. O pessoal já está montando um book de fotos minhas dormindo nas mais variadas posições (me chamaram de “o Kama Sutra do sono”), boca aberta e, eventualmente, os olhos meio abertos também. Quem me vê muito dormindo sabe do que estou falando...rs. O café da manhã foi num posto em alguma cidade desconhecida do norte de Minas Gerais e, como seria de se esperar, a base de pão de queijo.




         Durmi até a parada para o almoço, em outra cidadezinha desconhecida do norte de Minas Gerais, após o qual pegamos estrada para Uberlândia.



      Em suma, o dia foi todo na estrada, tentando adiantar para as paradas mais importantes: pegarmos os documentaristas do Centro Internacional Celso Furtado (CICEF) e a recepção em Foz do Iguaçu por parte da Universidade de Integração Latino-Americana (UNILA). Aproveitei para organizar os materiais de primeiros socorros e medicações e escrever as primeiras “Notas da América do Sul”. Em grupo, demos início às discussões em grupo sobre a conjuntura política Latino-Americana e todas as suas possíveis interconexões. Para começar, um levantamento do conhecimento que cada um possui sobre cada um dos países e sobre a região como um todo e conversas em torno de palavras-chave como: populismo, neopopulismo, neoliberalismo, perfil político dos governantes de cada país, MERCOSUL, CAN e por aí vai...






        Devido à nossa política de contenção de gastos e cortes no orçamento, paramos para dormir num posto em Patos de Minas-MG, “O PATÃO”. Fazendo jus ao nome, posto de qualidade, com um bom jantar e banho quente. Fechamos a noite ao som de um violão na frente do ônibus.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Dia 1 – 08 de janeiro de 2010 - Brasil

"Retrovisor é passado”

Preparativos e despedida
Acordo e levanto às 07:30, suposto horário marcado para encontro dos demais caravaneiros da Iniciativa UFBA Latina (INULAT) no campus da UFBA de Ondina. Os que puderam comparecer à despedida na noite passada, no “Largo da Dinha”, um dos lugares mais “ecléticos” de Salvador, entendem que eu não poderia acordar mais cedo. Apesar de compreender que, no “baianês”, o encontro marcado para as 07:30 de fato se efetiva “por volta das 8 e pouco” (leia-se 08:30), meu atraso é agravado por algumas atividades que ainda devo realizar como minha contribuição à organização como único integrante da área de saúde, a exemplo de finalizar a compra de medicamentos essenciais e pegar alguns materiais de atendimento pré-hospitalar de urgência gentilmente cedidos pelo SAMU 192.
Como alguns já devem estar deduzindo, serei eu o responsável por, em geral, orientar a Caravana quanto a cuidados de saúde, uso de medicações e eventuais urgências. É, eu também acho que estão se fiando muito nesse “aspirante a médico”, um eufemismo para “projeto de médico” (rs).




Chegando ao campus de Ondina, não só com a impressão, mas a certeza de ser o último a chegar, já encontro a coordenação geral da Caravana e todas as representações das organizações apoiadoras e patrocinadoras num momento de troca de agradecimentos e expectativas quanto aos frutos da viagem. Integram esse momento aqueles que são os maiores apoiadores e patrocinadores (direta ou indiretamente, no presente ou num passado próximo) dessa empreitada: nossos pais, demais familiares e namorados(as). Estes com falas públicas e particulares, no pé do ouvido. Falas públicas de altivez pelas suas crias, expectativas quanto ao crescimento pessoal e profissional que cada caravaneiro poderá gozar e votos de sucesso. Falas particulares, no pé do ouvido, nas últimas orientações e recomendações para seus filhos, netos ou namorados(as) e nos últimos beijos e abraços (pelos próximos 2 meses, que fique bem claro). Ainda, registros fotográficos fazem parte da cerimônia: caravaneiro e pais, caravaneiro e irmão(s), caravaneiro e namorado(a), caravaneiro e exterior do ônibus, caravaneiro e interior do ônibus, caravaneiro e fundo do ônibus, caravaneiro e demais caravaneiros, caravaneiro e reitor, caravaneiro e árvores do campus, caravaneiro e plantinhas, caravaneiro e animaizinhos, caravaneiro e a torcida do flamengo (ou do “Baêa, minha porra”?!). Consegui dar uma idéia da quantidade de flashs que vi na saída da INULAT?







Pés (e cabos) na estrada
Onze horas da manhã. Pés na estrada. Cabeça ainda em Salvador, dando-se conta, caindo a ficha, se acostumando à idéia de passar 2 meses longe. Longe da família, longe do carnaval, longe da namorada, longe do verão de Salvador, longe dos amigos, longe do carnaval, longe das praias, longe do carnaval e longe do carnaval...rs. Dá-se início à arrumação das mochilas e dos setores: setor de materiais de limpeza, setor de materiais de primeiros socorros e medicações, setor dos alimentos, setor de colchões e adjacências e setor de tecnologia. O setor de tecnologia merece uma descrição a parte, dada a densidade tecnológica. Além do sistema de som próprio do ônibus e laptop pessoal e máquinas fotográficas de cada caravaneiro, contamos com as filmadoras do pessoal da TV UFBA, 1 inversor (torna a bateria do ônibus passível de uso para os aparelhos domésticos – queimou logo na saída do campus, mas consertamos antes de pegar a BR), 2 impressoras, 7 chips de internet 3G da Vivo, 1 roteador, chips de telefonia celular para livre uso da INULAT, 1 GPS, 1 aparelho de eletrocardiograma e 1 equipamento acoplado ao pára-choque dianteiro do ônibus para registro das condições das estradas por onde passamos (não sei o nome). Cabos descendo por nossas cabeças já fazem parte do cenário.

Primeira parada: Itatim-BA (BR 116, KM 527)
Às 15h30, a Caravana da Integração fez sua primeira parada: Itatim-BA. O local foi escolhido como parada para o almoço. Por se tratar de uma churrascaria, os vegetarianos (3 ovo-lacto-etc-vegetarianos e 2 vegans - estritamente vegetarianos) tiveram que negociar com a cozinheira, que acabou preparando-lhes uma comida especial, tão gostosa que muitos começaram a cogitar tornar-se vegans.
Logo surge uma questão: nosso ônibus terá um apelido? Alguns sugeriram que fosse um nome fazendo referência à motocicleta usada por Che Guevara na sua viagem – algo como “El Poderoso”. Outras pessoas pensaram em "Inulatão"...

Primeiro porto (mais que) seguro: Vitória da Conquista (BR 116, Km ?)
Após mais um pequeno trecho, regado a conversas, risadas e discussões políticas e filosóficas polêmicas, do longo trajeto total de 23.000 km no nosso querido “Inulatão”, às 22:20h já sentíamos o frio agradável característico das noites da primeira cidade em que teríamos o privilégio de dormir “em terra firme”: Vitória da Conquista-BA, conhecida por muitos como a “Suíça Baiana”. Apesar de constar no roteiro original, a incerteza de se dormiríamos mesmo em VCA, ou não, nos deixou desprevenidos quanto a reserva de pousada ou adjacências. Felizmente, lembrei da casa de Danilo e Diego (primos) em VCA e, como estavam em itiruçu, juntamente com os outros 2 amigos nossos que moram na casa de VCA, poderiam nos emprestar a casa, tornando-se os primeiros anfitriões da INULAT – Caravana da Integração.




Havíamos encontrado nosso primeiro porto (mais que) seguro. Fica registrada a gratidão dos caravaneiros aos nossos anfitriões. Houve uma certa demora para encontrar a casa devido a dificuldades com o GPS e algumas ruas estreitas que dificultavam manobras com o ônibus, nos levando a refletir como o deslocamento em algumas cidades sul-americanas pode se tornar um verdadeiro problema logístico. Milagrosamente, a casa onde residem 4 jovens pôde adaptar-se para alojar os 21 atuais caravaneiros, graças à ocupação dos quartos, sala, cozinha, corredor e varanda. O banheiro foi poupado.
Vale pontuar a satisfação de tomar um bom banho quente (frio para os desafortunados que usaram o banheiro externo) após o dia na estrada e o “receio” pelo que nos espera nos próximos trechos de viagem, nos quais nem sempre teremos condições ideais para descanso, estudo, discussões, confraternizações e decisões quanto à jornada em si. Aqui, pudemos, saudosamente, contactar nossos familiares, companheiros(as) e amigos, seja através de telefone ou da internet, conforme verificam, na foto, minha concentração no laptop.




O jantar foi com pedido delivery à única lanchonete aberta e, para confraternizar, no único estabelecimento aberto da rua, uma cervejinha, na companhia esporádica de um estereotipado bêbum, como é “de lei” em toda cidadezinha (vide “Nau” em itiruçu).
São 02:35h e, como iremos levantar acampamento às 04:00-04:30h, finalizo esta nota e arrumo o sofá para tirar um cochilo. Nem todos durmirão esta noite.
Foi apenas o 1º dia. Faltam mais 59 dias, só para arredondar.