segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Dia 23 – 30 de janeiro de 2010 – Chile-Bolívia

“Anúncio do que está por vir... Integração regional?!”

            Quase não usei minha barraca para dormir. A usei por uns 30 min, para ser exato. E a quem está se perguntando por quê, isso é uma história que só vou contar depois, lá pra março.
            Saímos de San Pedro do Atacama quase 07h da manhã, rumo à, finalmente, Bolívia. A aproximação com a fronteira é perceptível pelo balanço do INULATÃO, resultante das condições do asfalto, tanto pior quanto mais próximo da fronteira estamos. Não comentei ainda, mas as condições do asfalto são perfeitas desde Santiago, subindo, atravessando todo o deserto...mas próximo da fronteira, na região que foi conquistada pelo Chile na Guerra do Pacífico, retirando da Bolívia o contato com o Oceano Pacífico, e que hoje, através de alguns acordos é uma das principais vias de escoamento de produção e chegada de produtos via Pacífico para a Bolívia... está em péssimas condições. Para completar o cenário de limitação à Integração Regional, a região da fronteira em si com a Bolívia está, de cada lado da estradinha, recheada de minas terrestres. Elas não tem nenhuma relação com a Guerra do Pacífico. Foram colocadas depois, por motivos “obscuros” que ninguém soube me explicar ao certo. A aduana boliviana parece um casebre, em relação às do Paraguai, Uruguai, Argentina e Chile, e já anuncia o naipe do país. Fiscalização, somente quanto aos passaportes. Quanto às bagagens, nada.


            Devido às condições da estrada, dormimos em Sán Cristóbal, cidadezinha a caminho de Potosí. A Bolívia é tão barata quanto as pessoas falavam. Nosso jantar, bem servido, saiu por pouco mais de 3 reais por pessoa.
            Mais um baqueado pelo efeito da altitude, talvez o mais grave até agora. Fabrizzio, nosso co-piloto. Enjôo, dor de cabeça, um pouco de falta de ar, falta de apetite... mas tudo dentro do esperado. Amanhã deve estar novo de novo.

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