“América do sul acima...”
A estrada que parte de Santiago rumo ao norte do país, num planalto, alterna-se entre longos trechos em linha reta e trechos extremamente sinuosos, sempre acompanhados por formações montanhosas que, num tom acastanhado e formato diferentes daquelas das Cordilheiras, criam um ambiente que lembra as fotos outrora divulgadas de Marte. Meio surreal, mas é isso mesmo. Pouco a pouco, vai-se aproximando do deserto que encontraremos mais ao norte.
Vez por outra, desfrutamos a vista do Oceano Pacífico e os contrastes que proporciona. Seu azul com o marrom do terreno. O movimento de suas ondas com a aparente estaticidade das pedras e terras contra as quais se chocam. Seu transbordamento de vida em mar com a ilusória ausência desta em terra. Vendo estas paisagens penso que, em algum ponto da evolução do nosso planeta, tudo devia ser mais ou menos assim. Aquela coisa do caldo primordial.
A essa altura, horas e mais horas na estrada, todos já estavam clamando pelo almoço e, por que não, por um mergulho no pacífico, por mais gelado que fosse. Pedido atendido pelo nosso co-piloto. Paramos na Bahia Inglesa. Quer coisa melhor que um bom mergulho no mar, uma praia e comer um peixe dourado frito com a vista da Bahia?
Seguimos viagem. América do Sul acima. Para demais descrições da paisagem, utilizarei um recurso que, apesar de não deixar de ser literário e/ou artístico, podem observar, utilizarei sempre que estiver com um curto espaço de tempo para ordenar as letras em palavras e organizá-las em períodos, primeiro na área de Wernicke, depois na área de Broca e no meu giro pré-central (lá ele...!) e, depois, na tela do computador. As lentes da máquina captam a mensagem com mais agilidade e os olhos e mente de quem vê a foto, maia rápido ainda. A bateria do meu laptop agradece.
Como disse em outros posts, a “viagem” inicial era acampar no deserto, sentarmos em círculo, tocar violão à luz do luar e das estrelas, tomar uma e quem sabe até uma fogueira, para aqueles mais imaginativos. Infelizmente, por motivos menos nobres, dormimos numa cidade chamada Antofagasta, no ônibus mesmo, ao lado de uma praça.
Acompanhei todo trajeto, via onde paravam, a lentidao da caminhada mas nao imaginava as reais condiçoes, ainda bem pq imaginar meu filhote com frio com dificuldade de dormir, eu nao domiria tb, pq com frio e fome è muito dificil dormir... e o cobertor e edredon que coloquei na sua bagagem onde foram parar? ainda tinha a manta que era pra ficar na mochila junto contigo...aposto que nao se deu o trabalho de pegar... bjo
ResponderExcluirOi De,
ResponderExcluirQue bom que começaste a escrever e postar suas fotos, é bom vivenciar um pouco, atraves de seu olhar a America do Sul, è tb muito legal perceber sua sensibilidade pelas lentes de sua màquina, as fotos estao otimas e o fato de nao terem legendas me fazem imaginar como e o que pensava ao retratar as paisagens, ou admirar e matar a saude de vc te ver e imaginar o que estavas pensando... obrigada por enfim estar compartilhando e permitindo alguma interaçao... que Deus continue te protejendo e te acompanhando... bjo Mami
estava olhando aqui e essas fotos estao otimas essa vc olhando a estrada de costas da ate um quadro... que azul... a que vc ta de oculos no canto tb...
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