segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Dia 21 – 28 de janeiro de 2010 – Chile

“América do sul acima...”

A estrada que parte de Santiago rumo ao norte do país, num planalto, alterna-se entre longos trechos em linha reta e trechos extremamente sinuosos, sempre acompanhados por formações montanhosas que, num tom acastanhado e formato diferentes daquelas das Cordilheiras, criam um ambiente que lembra as fotos outrora divulgadas de Marte. Meio surreal, mas é isso mesmo. Pouco a pouco, vai-se aproximando do deserto que encontraremos mais ao norte.






Vez por outra, desfrutamos a vista do Oceano Pacífico e os contrastes que proporciona. Seu azul com o marrom do terreno. O movimento de suas ondas com a aparente estaticidade das pedras e terras contra as quais se chocam. Seu transbordamento de vida em mar com a ilusória ausência desta em terra. Vendo estas paisagens penso que, em algum ponto da evolução do nosso planeta, tudo devia ser mais ou menos assim. Aquela coisa do caldo primordial.
A essa altura, horas e mais horas na estrada, todos já estavam clamando pelo almoço e, por que não, por um mergulho no pacífico, por mais gelado que fosse. Pedido atendido pelo nosso co-piloto. Paramos na Bahia Inglesa. Quer coisa melhor que um bom mergulho no mar, uma praia e comer um peixe dourado frito com a vista da Bahia?




            Seguimos viagem. América do Sul acima. Para demais descrições da paisagem, utilizarei um recurso que, apesar de não deixar de ser literário e/ou artístico, podem observar, utilizarei sempre que estiver com um curto espaço de tempo para ordenar as letras em palavras e organizá-las em períodos, primeiro na área de Wernicke, depois na área de Broca e no meu giro pré-central (lá ele...!) e, depois, na tela do computador. As lentes da máquina captam a mensagem com mais agilidade e os olhos e mente de quem vê a foto, maia rápido ainda. A bateria do meu laptop agradece.



















            Como disse em outros posts, a “viagem” inicial era acampar no deserto, sentarmos em círculo, tocar violão à luz do luar e das estrelas, tomar uma e quem sabe até uma fogueira, para aqueles mais imaginativos. Infelizmente, por motivos menos nobres, dormimos numa cidade chamada Antofagasta, no ônibus mesmo, ao lado de uma praça.

3 comentários:

  1. Acompanhei todo trajeto, via onde paravam, a lentidao da caminhada mas nao imaginava as reais condiçoes, ainda bem pq imaginar meu filhote com frio com dificuldade de dormir, eu nao domiria tb, pq com frio e fome è muito dificil dormir... e o cobertor e edredon que coloquei na sua bagagem onde foram parar? ainda tinha a manta que era pra ficar na mochila junto contigo...aposto que nao se deu o trabalho de pegar... bjo

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  2. Oi De,
    Que bom que começaste a escrever e postar suas fotos, é bom vivenciar um pouco, atraves de seu olhar a America do Sul, è tb muito legal perceber sua sensibilidade pelas lentes de sua màquina, as fotos estao otimas e o fato de nao terem legendas me fazem imaginar como e o que pensava ao retratar as paisagens, ou admirar e matar a saude de vc te ver e imaginar o que estavas pensando... obrigada por enfim estar compartilhando e permitindo alguma interaçao... que Deus continue te protejendo e te acompanhando... bjo Mami

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  3. estava olhando aqui e essas fotos estao otimas essa vc olhando a estrada de costas da ate um quadro... que azul... a que vc ta de oculos no canto tb...

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